sexta-feira, 19 de novembro de 2010

London faz feliz!

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Ah como é bom ir a Londres. Faz tão bem pra pele... Em nível de jornalista, fui fazer um programa cultural com Maria Fernanda e Juliana. Visitamos o The British Museum, o National History Museum e o bairro de Candem Town.
Tirando o frio que, pra variar, estava de matar e o meu cansaço (na noite anterior eu fui rodar a saia numa festa latina e chegamos tarde da madruga em casa), foi tudo muito bom.
Os museus são gratuitos (ótimo) e gigantescos! Faz muito tempo que eu não vou a museu no Brasil mas que eu lembre poucos são grátis. Aliás no Brasil tudo que é bom (e instrutivo) custa caro: livros, museus, cinemas, teatros, etc etc etc. O British apresenta muitas peças e obras de todos os continentes, como esculturas de Roma Antiga, a pedra da Rosetta e múmias, que foi o que eu mais gostei.



Estas somos nozes

Eu sou muito abençoada por Lord Ganesha




Afrodite, a Deusa do Amor



Dali fomos pra Candem Town. A famosa feira, acredito eu, acontece no sábado, porque não tinha aquele movimentão que todo mundo fala. 







Tinha algumas barraquinhas vendendo bugigangas, outras vendendo comida chinesa, árabe, marroquina, espanhola, mas óbvio encontramos uma gente muito doida, com 321 piercings até na pupila do olho, um loco metido a Bob Marley que começou a cantar (leia-se berrar) perto de onde almoçávamos (me senti na Jamaica), uns ingleses só de manga curta enquanto a gente batia queixo, mas nada muito anormal...

A profundidade do metrô de Londres é impressionante. Subindo...

Descendo...

Saindo de lá, fomos pro National History Museum, que eu achei muito mais legal que o primeiro. Quando a gente saiu da estação damos de cara com uma pista de patinação no gelo! Nossa muito lindo, em volta todas as árvores ja estavam com pisca piscas, a iluminação da pista era divina, juro que fiquei emocionada! Parecia cena daqueles filmes americanos. Foi a primeira vez que senti o clima de Natal por aqui (aqui em Brighton ainda não tem nada - super atrasados) e como ele é muito diferente do que estou acostumada, realmente me remeteu aos filmes. Tudo tão perfeito e romântico....



National History Museum ao fundo

Aterrizando novamente no planeta Terra, o National History Museum é dividido em 4 zonas que apresentam desde dinossauros, vida marinha, plantas, animais, corpo humano, vulcões, catástrofes naturais, todos os tipos de vida na terra e até fora dela, rsrs. Olha uma coisa que eu fiquei feliz é que, pra quem conhece o Museu da PUC em Porto Alegre, a versão brazuca não deve nada pra inglesa. No museu da PUC existem muito mais coisas interativas, bichos vivos, mais coisas pra se fazer. É  uma pena que pra entrar tenha que pagar, coisa que não é necessária em Londres. São estes detalhes que nos fazem perceber a importância que um povo dá para a cultura.

Esqueleto de um dinossauro

Retardo mental

O bicho estava em tamanho natural, se mexia e urrava!!



Minha fantasia para o próximo carnaval


Antes de voltarmos pra Brighton, fomos dar uma voltinha pela Oxford Street e Picadilly Circus, e vimos mais uma parte da cidade toda trabalhada pro 25 de Dezembro. Olha eu nunca dei muita bola pra Natal, prefiro Reveillon, mas juro que vivenciar a experiência de ter um Natal em outro continente, com clima frio e decoração lindissima é muito, mais muito legal!!










segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Relatório de pista

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A semana passada foi tão agitada quanto o periodo do Larissa's Festival. Sai praticamente todos os dias. E o Inglês? ah o Inglês vai bem obrigada!
Ah mas também o que eu posso fazer??? Escurece 16h, o dia acaba super rápido... só me resta aproveitar a noite!!!

Festa latina com meus colegas turcos. Tenho MEDA quando eles dançam

Amooo samba e pagodjéééédinho. É muito bom ouvir musica brasileira aqui tão longe. Seja de que ritmo for... Nem preciso dizer que deu ALOKA em mim

Galera se acabando no samba e lá no meio uns gringo muito duro dançando igual robô

Baixou uma entidade "rainha da bateria" em mim e na Maria Fernanda (dir)

Niver do Julian (esq), colombiano que eu adoro e que infelizmente vai embora fim do mês

O aniversariante e as brasileiras, que segundo ele são as mulheres mais lindas do mundo. Fama legal temos aqui né?

Finalizando a semana, mais uma baladjénha. Nesta hora eu já tava mais pra lá do que pra cá :p

Com esta semana intensa de festas pude concluir uma coisa muito importante: quando eu bebo, definitivamente, meu inglês fica uma maravilha!!! Falo com uma baita fluência!!! Preciso continuar com esta prática (com o inglês fluente é claro, não a bebida)...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As mentiras que os homens contam

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No fim deste mês completo 3 meses de Inglaterra, e por conta disso já me acho capaz de fazer uma avaliação a respeito deste povo. Pois bem, antes de vir eu não tinha muito conhecimento sobre eles. Eu sabia que estavam entre as pessoas mais feias do mundo (verdade), que eram relaxados (meia verdade) e que eram muito secos (mentira). Posso dizer com toda certeza, e isto nãé uma opinião só minha, que eles não são nada secos, ou rudes, ou estúpidos, ou sei mais o que... Isto é uma grande mentira.
Todas as pessoas com quem tive contato sempre se mostraram amáveis, dispostas a ajudar, a compreender o que eu tento dizer, sempre querendo fazer um agradinho pra nóis


E o que dizer dos velhinhos?? ah os velhinhos são uns doces! Todos eles se afeiçoam a mim!!! Um dia eu estava olhando o horizonte em frente a praia e um velhinho sentou do meu lado, estava com um mapa e me perguntou se podia meu ensinar  uns pontos turísticos da redondeza. Outra vez eu estava o olhando o horizonte sentada num banco da praça e uma senhorinha chegou e começou a conversar. Ganhei o dia porque ela disse que meu english accent era muito bom! E teve uma outra vez que eu não estava olhando o horizonte, mas sim sentada na parada do ônibus (putz eu vivo sentada!), chovia e eu tava com uma bolsa de papel, ai uma velhinha me ofereceu uma bolsa de plástico pra não molhar as minhas coisas que estavam dentro da bolsa de papel! Lovely!! Realmente não sei se eles são fofos,  ou se sou eu que sei como fazer amigos e influenciar pessoas.


Dizem que os idosos são muito carentes. Normalmente moram sozinhos, parece que a familia não cuida, abandona... Bem o que eu percebo é que eles são muito independentes (talvez porque vivem sós). Vão a todos os lugares, andam de ônibus com cadeiras de rodas, bengalas ou andadores. A idade não os impede de fazer nada (bem diferente do Brasil)!
Outro ponto que me faz gostar dos ingleses é a paixão por animais. Quem me conhece sabe que eu sou LOKA por bichos, em especial os cachorros. Dificilmente um ser humano pode te dar tanto amor e ser tão leal quanto um cachorro. Aqui as pessoas pedem contribuição na rua não pra crianças carentes, mas sim pros cães. Os peludos andam de ônibus, podem entrar em lojas, bancos, supermercados, em qualquer lugar. E eles são tão comportados: nunca fazem xixi, puxam os donos pelas coleiras, e, principalmente, jamais latem. Será que aqui os cachorros têm língua???



Quanto a higiene, eu particularmente não tenho muito a reclamar. Minha ex host era muito caprichosa, limpava a casa todo dia, era tudo brilhando. Claro que muitas vezes ela enforcava o banho, mas como eu não dormia com ela e não sentia nenhum cheirinho de CC, tudo bem. 
Algumas vezes entram uns porcos no bus, mas também nãé uma coisa frequente. Como a maioria da galera não está nem aí pra aparência, pros dentes, pras roupas que vestem, o banho realmente é uma coisa totalmente desnecessária. Pelo visto eles não sabem que Dove não resseca a pele como um sabonete comum!! Em certos lugares que eu vou, tipo balada, Pubs e restaurantes, sinto um certo nojinho de tocar na maçaneta da porta, ou beber no copo de vidro, porque parece que tudo é meio limpo/meio sujo, meio grudento, mas isto também acontece muito no Brasil.  
Quanto ao item (falta de) beleza eu prefiro nem me aprofundar... Não pretendo entrar em depressão logo hoje!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Bonfire Celebration

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Alô povo, cá estou eu novamente, grunindo com este frio que chegou com força total. Definitivamente acho que o inverno começou ontem, com chuva, frio (que passou do nível do suportável, e muito vento). Quando acordei, eu simplesmente não sabia quantas meias, blusas, luvas e etcZzzzzz eu deveria colocar pra poder sair pra rua. Botei meu único casaco compatível como a temperatura daqui (o azul que eu tô sempre nas fotos) e fui à luta. Mas cara, eu nunca senti este frio antes. O vento entrava por qualquer buraquinho da roupa... era uma sensação muito estranha, o vento ia subindo pelo corpo, nem sei como explicar direito. Muito punk!


Deixando o frio de lado (se é que isto é possivel), na sexta-feira aconteceu a Bonfire Celebration, ou Bonfire Night. Esta festa é comemorada em todo o país, mas a mais famosa acontece em Lewes, uma cidadezinha aqui perto que eu já conhecia. Eu, claro, fui abrilhantar a festa. Basicamente, pra que vocês meus 7 leitores entendam, em de 5 novembro de 1605, um tal de Guy Fowkes e seus amigos tentaram (mas não conseguiram) explodir o Parlamento em Londres com o Rei James I dentro. Eles queriam matar o Rei e os súditos porque o Rei mudou a religião do país, de católicos os ingleses passaram a ser protestantes, e o Guy Fowkes e cia limitada eram católicos. Como o plano não teve sucesso, o Rei, pra comemorar, determinou que todo 5 de novembro as pessoas deveriam estourar fogos e fazer fogueiras, e assim acontece até hoje. 







A festa na verdade era um grande desfile das Sociedades de Bonfire, que acredito eu, sejam grupos que devem fazer algumas atividades durante o ano e no dia 05 de novembro se reúnem pra desfilar juntas. Em alguns momentos, o desfile me pareceu como uma escola de samba. Tinha até carro alegórico.





Duas coisas que não conseguimos entender foi: porque as pessoas vestiam algumas roupas que aparentemente não tinham nada a ver com o contexto da história da Bonfire Celebration....


Como o Shrek e a Fiona,

Ou este romano, por exemplo

E a outra foi que, como 6 mulheres de diferentes nacionalidades (3 brasileiras, uma colombiana, uma coreana e uma turca), inteligentes (a coreana então nem se fala), estavam numa cidade minúscula, andaram mais de duas horas seguidas e não encontraram nenhuma fogueira??? Resumindo: o que fomos fazer lá??  Nem sequer entendemos a essência do desfile!!! Será que foi culpa da garrafa de Casillero del Diablo que tomamos??
Quando o povo já estava totalmente bêbado e quando a gente não aguentava mais ouvir fogos de artifício, bombinhas estourando (os ingleses atiravam as bombinhas na cara, nos pés, em qualquer parte do corpo  das outras pessoas) e andar em círculos, viemos embora. 
Hummm, esqueci de contar! tinha 3 ou 4 exemplares de gatinhos por lá. Onde será que eles se escondem???

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Meus companheiros

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Tem três coisas aqui que eu posso dizer que não vivo sem: duas são muito caras no Brasil e a última eu comia na infância, mas agora creio que nem existe mais. Na Inglaterra são quase de graça... Querem saber o que é?





Alguém quer????

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Olho pro céu e??? acabou a luz...

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Esta é a vista da janela do meu quarto!


Conseguem ver alguma coisa?? Não? Nem eu...
Querem saber que horas eram no momento desta foto? Nem 5 da tarde... Acabou o horario de verão (e o verão já terminou há bem mais tempo), agora estamos com apenas 2 horas a mais que o Brasil, mas em compensação escurece por volta das 16h30min. Será que eu vou aguentar?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Quem não foi perdeu!

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E o Larissa's Festival chegou ao fim!!!! Foram dias e dias de muitas comemorações, mas tudo que é bom dura pouco... Estou satisfeitíssima. O Larissa's Festival logrou êxito e foi um outubro muito feliz! Como já havia dito, na quinta marquei presença no Halloween brasileiro promovido aqui em Brighton. 

Eu, Fernanda, Juana e mais dois turcos fomos juntos e lá encontramos mais um bando de desgarrados loucos pra ouvir maravilhosas canções representativas de nosso país, como "O Créu", "Chora me Liga" ou "Poeira". Mas não adianta! por mais que isto seja um lixo, quando a gente ouve enlouquece! Dá muita risada, canta, sua, dança até o chão!! Havia cochinha e caipirinha pra vender. A coxinha eu dispensei mas tomei uma caipirinha, feita por um inglês, que estava bem meia boca e muiiiito cara diga-se de passagem. Frustrei minhas expectativas de ver gente esquisita aquele dia porque poucos se fantasiaram, e aqueles que o fizeram foram super normais: diabo (a) ou bruxa (o). Apesar de não ter ido a uma festa de Halloween tradicional, amei a festa brazuca! E quando tiver eu vou de novo!

Linda camisa!

Fiz minha colega turca tirar fotos com ela

Algum estrangeiro invejoso meteu a mão na frente

No sábado, eu, Fernanda, o irmão dela e um amigo fomos visitar Shoreham, uma cidadezinha aqui perto que também tem praia. Não tem nada pra fazer lá, mas a cada 100 passos a gente entrava num Pub pros meninos tomarem cerveja.

Shoreham


Shoreham

Domingo, 31, era Halloween. Não fomos a nenhuma festa mas também não poderíamos deixar de presenciar as atividades. Só posso dizer que deu ALOKA na galera aqui! Meu professor já tinha falado que no dia as crianças batiam na porta e faziam uma brincadeira de adivinhação: colocam algo em alguma das mãos, botam elas pra trás e tu tem que acertar em que mão  está o objeto. Se você errar, tem que dar dinheiro ou doce. Quem não tem nenhum ou nem outro, pode levar até um ovo na cara. Ninguém bateu aqui em casa, mas mesmo se batesse eu não ia abrir... Saímos e vimos muitas crianças fantasiadas batendo nas casas. Tão bonitinho... pena que eu não tirei foto. Eu, Juana, e mais outra Maria Fernanda e outra Larissa, que são irmãs e gaúchas, fomos pra um Pub. De repente começamos a ver o desfile de horrores fantasias, das mais variadas. Aqui quase ninguém se veste de bruxa ou diabo, como no Brasil. Aqui tu coloca o que tu quer e o que não quer! As inglesas como sempre são um show a parte. Com sainhas e tops tão curtos que dariam inveja a qualquer piriguete em baile funk no Brasil.  Se bem que ontem elas se vestiram não muito diferente do dia a dia. Basicamente  as pessoas usavam perucas, líquido que imita sangue espalhado pelo corpo, uns chapéus doidos, uns piscas piscas e claro, um big copo de cerveja na mão. O povo que bebe, meu Deus. Posso afirmar que não conheço nenhum brasileiro que beba mais que um inglês. Ja pensei na pessoa mais beberrona que eu tenho contato e de certeza ela perde pra esta gente daqui.
 Falando em beber, não podia ter terminado o Larissa's Festival de forma melhor: sorvendo um delicioso chimarrão preparado pelas minhas amigas gaúchas. Nada melhor pra espantar o frio, nada melhor pra relembrar minhas tradições... Ohh saudade!