domingo, 25 de setembro de 2011

Portugal Dilííícia

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Quem quiser comer só coisa boa, aproveitar um clima maravilhoso, ver gente e paisagens lindas tem que ir pra Portugal. Que país maravilhoso! Minha amiga que já tinha ido várias vezes sempre dizia que era uma pena que os brasileiros que resolviam fazer Eurotrip nunca colocavam Portugal nos planos. Realmente! Provavelmente um dia eu iria pra lá, mas o sonho da mãe era conhecer e foi uma escolha maravilhosa.
Nossa primeira parada foi no Porto. Ainda bem que eu me recuperei bem da peste adquirida no Marrocos, porque a minha primeira refeição foi: batata frita, arroz, feijão, salada, um suflê  de couve e 5 bifes de Picanha enormes. Acredita que nem comi tudo (Oh dó!). Sabe quanto tempo fazia que eu não comia uma carne de verdade? Quanto? Meses e meses e uma eternidade!
Também tomamos Vinho do Porto, que só pode ser tomado antes ou depois da refeição. Gostoso, forte e caro!
No outro dia a orgia gastronômica continuou com quindim, bacalhau, leitão, mais carne, mais feijão, sucos naturais, frutas e aiii que dilícia! Agora eu sei porque a comida brasileira é a melhor do mundo: porque Portugal levou esta comida boa pro nosso querido país. 
O meu pai tava com uma gana, mais uma gana de falar, porque nos outros lugares que andamos ele dependia de mim pra fazer as traduções, ai sabe uma pessoa que em Portugal não calava a boca 24 horas por dia? Tinha que ter um saco do tamanho do Papai Noel... Nem ele tinha se dado conta, quando chegamos, saímos do aeroporto e pegamos um táxi, ele diz: "Larissa, pergunta pro taxista quanto que vai dar a corrida". Ai eu disse: "Pai, ele fala português, aqui tu pode perguntar a vontade". Nossa, foi a deixa que faltava...











Fátima





Infelizmente ficamos só dois dias no Porto e fomos pra Lisboa. Passamos por Fátima pra ir no Santuário. Minha mãe disse que em Aparecida é mais bonito. Vi o Alexandre Pires. Tava com a mulher, irmão e mais uma cambada. Ele ia fazer show em Lisboa, aliás ele é mais um monte de artistas brasileiros: Asa de Aguia, Maria Cecilia e Rodolfo...




Lisboa é muito bonita também, apesar de eu ter achado o Porto mais bonito. É incrível o quanto os portugueses tem cara de brasileiros (ou nós temos a cara deles). Definitivamente eles não tem cara de europeus. Se você  chegar aqui na Inglaterra já percebe na hora quem é  inglês, mas em Portugal não dá pra saber a diferença. 
O ponto alto do passeio foi quando pegamos um táxi e começamos a conversar com o taxista, ai acho que ele não percebeu que éramos brasileiros (não sei como), ai quando dissemos  ele começou a despejar toda a ira dele em cima da gente, dizendo que brasileiro era tudo safado e as brasileiras prostitutas (exatamente com estas palavras). Meu pai, gauchão como poucos, devia estar com o sangue fervendo. Achei que ia dar briga na hora, mas não, escutamos calados, pagamos a conta e saimos do táxi. Não adianta querer mudar a mentalidade de uma pessoa durante uma simples corrida. Claro que não dá pra generalizar, mas infelizmente o comportamento de alguns brasileiros faz juz a fama. Dizem que eles não gostam muito da gente, outros dizem que é inveja que eles sentem, e na imigração pra entrar  e na hora de sair do país os oficiais fizeram milhares de perguntas #odeioisso.
Mas foi uma pena mesmo ter gastado só 4 dias em Portugal, e também como já era o final da nossa jornada de 20 dias, todo mundo tava cansado, o pai e a mãe só queriam andar naqueles ônibus turísticos que eu abonimo e ver as coisas pela janela do ônibus... Mas deu pra curtir  muito e claro, voltarei lá!!





A mulher mais bonita do mundo!


Salve Jorge!























quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Chegando no freezer

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Após assarmos na Itália e fritarmos no Marrocos, congelamos na nossa chegada na Inglaterra. Eu não tinha forcas nem pra ficar em pé, que dirá fazer turismo com os pobres dos meus pais. Ficamos 5 dias aqui e eu totalmente derrotada. Mas filha que é filha não se deixa abater. Me deliciei (na medida que o meu estômago permitia) com a comidinha de mamãe, fomos duas vezes a Londres, passeamos por Brighton e ainda fiz eles provarem a maravilhosa (cof cof) cozinha britânica. Os únicos inimigos destas férias de comercial de margarina foram o frio, o vento, o vento e o frio. 
Mas tirando isto foi tudo ótimo. Papai, organizado como poucos, amou a Inglaterra, porque aqui todo mundo é politicamente correto, educado, tudo funciona. Entrei no ônibus e o motorista não deixou eu passar porque não apresentei a carteirinha estudantil, e ele: "Corretíssima atitude". Só faltou bater palmas. Se ele soubesse quantas eu já fiz pra burlar as regras, affeee. Próximo post: o fim da saga "Férias em família."

Andar no segundo andar no ônibus é muito mais interessante


Pegando um vento fresco no Brighton Pier

Repara não, é que papai tem dificuldade pra sorrir nas fotos

Te amo pra sempre!

Fish and chips

Sunday roast

London Eye




O Big Ben visto de cima é mais bonito





terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pra lá de Marrakech... e Fez

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Depois de aproveitar os quase 50 graus na Itália, tomar muito sorvete e banho quase gelado, fomos para o forno do Marrocos. De Roma para Fez. Me sentindo a Jade do Clone, resolvemos explorar todas as ruelas da cidade, que mais pareciam um labirinto, e para isto tivemos que contratar um guia, um baita de um safado que nos levou só nos amiguinhos dele = comerciantes, que queriam vender tapetes, tecidos, joias e até dentadura a peso de ouro.
Mas tudo era novidade. O hotel, a comida, as pessoas, as roupas, os produtos, os animais, os cheiros. Os homens olham pra gente como se nunca tivessem visto uma mulher na vida. Dá pra se sentir A miss em Fez.

Hotel

Primeira refeição


Cheiro insuportável

As portas são uma atração a parte


Um perfeito marroquino não? Todo mundo perguntava se era mesmo...


Depois do passeio frustrado fomos pro hotel descansar e decidimos que no outro dia iríamos por nós mesmos. Acordamos, tomamos um café digno de sheik árabe e saimos a raparigar. O problema  é que o nome das ruas estão escritos em francês e árabe, e nem sempre as ruas tem identificação. Ou seja, um mapa em Fez não serve pra nada. Como pessoas boas atraem pessoas boas, fui pedir informação pra dois meninos, de nome Mohamed, que foram super atenciosos e se ofereceram pra passear com a gente, de graça!! 


Nossos anjos ficaram com a gente horas e horas e aí sim a gente pode aproveitar e conhecer a cidade





Ficamos apenas 2 dias em Fez e fomos pra Marrakech, que  é a capital turística do Marrocos, e parece ser uma cidade mais cosmopolita, ao contrário de Fez que  é bem tradicional. Uma coisa que irrita um pouco  é que o comércio  é a coisa mais importante pra eles, então a galera praticamente sai no tapa por um cliente, e se tu vai numa loja e simplesmente toca numa peça de roupa, pronto,  é pedir pra se incomodar, porque eles ficam na tua volta insistindo pra que compres....A praça principal de Marrakech foi o nosso jardim de infância, porque lá a gente fez tudo: pegamos em cobras, macacos, comemos, compramos...E tem que ter muito poder de barganha. E paciência também com os olhares, gracinhas etc etc

Sou mais macho que muito homem!



Qué beijo qué?




Pai também mostrou que é macho e pegou na cobra

Inshalá




Indiana Jones


Pra completar a nossa experiência exótica pelo Marrocos fomos andar de camelo numa área próxima a Marrakech. Não foi no deserto porque o deserto era meio longe, mas já deu pra ter noção o quanto desconfortável  é o passeio. Fiquei uns dois dias sem poder sentar, completamente assada. Como os conceitos de higiene são muito diferentes dos nossos, cheguei na Inglaterra quase morrendo: vômito, diarreia, febre, dor no corpo, desidratação. Não sei qual foi a peste que peguei. Mas demorou uns 5 dias pra passar. 
Mas mesmo assim gostei bastante. O pai e a mãe não. Acharam sujo, as pessoas muito malandras (Alô Brasil), não há respeito pela figura feminina. Mas fazer o que? É a cultura deles e acho que tem que ser respeitada. Se todos fossemos iguais que graça teria?? Justamente esta diversidade cultural me encanta e me faz querer cada vez mais visitar lugares diferentes do ponto de vista ocidental.